N A G N Â T A - Fatos insólitos na vida de um peregrino do infinito

Livro Digital “N A G N Â T A”

Fatos insólitos na vida de um peregrino do infinito



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Queria ser um filósofo, um ser que vive uma filosofia de vida particular, porém as necessidades econômicas e sociais me empurraram para esses fatos insólitos que parecem não terminar. Apenas tomei consciência do seu início, sem saber ao certo quando e como isto terminará... se é que existe um fim para a experiência da consciência!


Diário de um Gimnósofo
( o filósofo nu )

Nos últimos oito anos a idéia de escrever sobre experiências de vida, místicas e filosóficas, foi tomando corpo pouco a pouco. Porém, só nos últimos três anos, quando reiniciei a rememoração, uma técnica ensinada por um amigo da minha família, Leo M., que levanta o passado da vida do indivíduo, é que tal fato realmente tomou corpo, mesmo que romanceado por força da expressão literária.

As idéias preconcebidas que a sociedade ensina sobre a vida, o mundo e o ser humano foram se transformando ao reconhecer que uma visão do passado mostra outra realidade. O ser humano é mágico por natureza, como a vida que consegue se manifestar nos lugares mais inesperados. Ao revisar alguns dos aspectos deste passado, descobri que muitos dos sonhos que tinha ao dormir, eram camuflagem de experiências reais. No entanto, quando procurava uma explicação ela dificilmente aparecia, porém quando desistia da sua busca, então lá estava a solução procurada, transformada em encontros com indivíduos ou instituições.

Como escrever sobre o assunto?, não encontrava o ponto de partida, porém uma instrução vinda do mundo mental orientou-me para fazer um levantamento dos primeiros anos de vida. Mas aconteciam vazios onde não lembrava como concatenar um e outro fato. Então, ao insistir sobre o assunto, um sonho fez-me ver o passado, ou mesmo um encontro com familiar ou amigo fazia me lembrar de itens esquecidos. Veio uma decisão, viajar! Uma viagem ou visita a um lugar diferente completou o panorama, fazendo me lembrar de detalhes antes esquecidos. Achei fascinante poder descobrir os segredos das coisas esquecidas, principalmente quando surgiam novos ângulos, novos aspetos dos mesmos.

Foi numa destas buscas em 1996, ao visitar Buenos Aires, sem motivo aparente, só visitar parentes e amigos que novos fatos voltaram a me empurrar para novas descobertas. Minha prima acolheu-me com carinho, visitei o bairro onde passei a maior parte da minha infância e caminhava pela rua "Florida", no centro da cidade, como um estrangeiro que conhecia um pouco o lugar, até que comecei a me sentir em casa. Pessoas, ruas e objetos começaram a me fornecer pistas e informações. O passado e à busca interior, que eram o propósito para escrever foram se revelando e falando de coisas que nunca tinha escutado antes. Lembrei que, além do padre Secundino, confessor da minha primeira comunhão, que explicava os mistérios da morte física, também conheci Nilakanta Sri Ram, em Buenos Aires, místico indiano que, com sua atitude, encorajou-me para investigar diversos temas de Sabedoria Antiga. Outro instrutor foi swami Rama Theertha em Medellín, na Colômbia, que demonstrou técnicas meditativas e de mantra-yoga, possíveis de serem utilizadas todos os dias.

Também, quando estava junto com Florinda (minha companheira e esposa) em Lima, Peru, tivemos um encontro com um swami indiano: Brahmavidyananda,  que ensinou-nos aspectos do Râja-Yoga, próprios para a reprogramação mental e subconsciente; foi a gota de água para entrar num mundo de fatos assustadores, porém impossíveis de serem deixados de lado. A experiência de ser uno e eterno, a experiência de ser imortal e brilhante dissiparam todo temor, e uma coragem desconhecida tomou conta de nós.

Também alguns períodos de isolamento numa chácara, perto de Curitiba, permitiram o contato com um instrutor desconhecido. Porém uma inesperada viagem à Espanha, visitando Madri, Barcelona e principalmente Tenerife, nas ilhas Canárias, em Outubro de 97, desencadeou uma experiência única e singular, difícil de acreditar. Foi-me sugerido então de narrar esta vivência mística como uma ficção, uma ficção auto biográfica a fim de suavizar as formas narrativas que por ventura extrapolem a realidade do quotidiano. A história é apoiada em fatos verídicos, porém alguns dos nomes e lugares foram substituídos ou adaptados por siglas ou pseudônimos em respeito à privacidade das pessoas citadas.

Juntando a experiência vivida na juventude, o contato mental e físico com instrutores de filosofia e metafísica, mais a vivência da Lua Cheia em Canárias, deu forma a "Nagnâta", o Diário de um Gimnósofo "o filósofo nu", ou apenas "os fatos insólitos na vida de um peregrino do infinito". Não é minha intenção que as pessoas acreditem em tudo o que aqui foi escrito, porém se o leitor consegue, através desta narrativa, perceber a vida de outra maneira, acreditando sim, na existência de um outro mundo melhor, mesmo que assustador, estarei dando à humanidade uma contribuição.

Uma forma de assinalar que não estamos presos para todo o sempre nas limitações do quotidiano, porém que podemos sim, aspirar a uma liberdade total, só depende de nossa coragem e esforço, junto com grande desprendimento, para atingir uma consciência mais ampla, perfeita e imutável. Não estamos sós, porém depende apenas de nós mesmos procurarmos nossa liberdade. Sempre fomos eternos, perfeitos, cabe agora assumir tal responsabilidade e agir como tais.

Francisco Carlos Zemek
Curitiba, Setembro de 2002.



A meus pais,
 Carlos e Maria,
que souberam ser livres
me outorgando a liberdade
 quando a precisei,
 mesmo contando só
com cinco
meses de vida!




Francisco Carlos Zemek     1942 – 2013
Que sua consciência continue a peregrinar pelo infinito...




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