TROVAS
-I-
Enquanto corre a pilhéria
nos mais altos patamares,
embaixo ronda a Miséria
e arrasa os humildes lares.
Arte Digital de Carlos Zemek |
-II-
Imagem que toca a gente
e nos anima na luta:
árvore ao sol inclemente,
já velha e ofertando fruta.
-III-
No instante em que o dedo lanças
sobre indefesa formiga,
tocas o etéreo e alcanças
a teia que a tudo liga.
-IV-
Por riqueza a isto chamo:
paz no lar. Nisto me empenho.
Não tenho tudo o que eu amo,
mas amo a tudo que tenho.
- V -
Naus ao vento - grandes vidas
vemos no tempo passar,
mesmo a cacos reduzidas,
a cacos cruzam o mar.
-VI-
Não sei qual a mais pungente
Das saudades que hoje sinto:
Se a do extinto amor, recente,
Se a do antigo amor, extinto.
(Do livro “Trovas de Sersank”, a sair)
Sergio de Sersank
Sergio de Sersank, poeta londrinense, embora tenha publicado pouco, cultiva o hábito de escrever desde a juventude. Foi laureado em diversos Concursos de Trovas e Poesia. Em 1991 obteve o 1° lugar em Concurso Nacional de Poesia promovido pela “Arte Literária Castro Alves”, da capital paulista. Parte de sua produção literária pode ser vista no Blog “Estado de Espírito” (www.sersank/blogspot.com.br). Tem publicado versos em diversos sites literários, jornais e revistas do Brasil e do Exterior.
Sersank teve sua primeira obra “Estado de Espírito” lançada em 2013 em primorosa edição pela Editora Ithala. Dele diz, na apresentação, a escritora e laureada poeta Isabel Furini:“Distante dos modismos da época, Sersank conduz o leitor pelo caminho eterno da poesia. Poesia como beleza. Seus versos foram escritos com emoção. E como já falou o renomado escritor e poeta Mário de Andrade, “a obra de arte é uma máquina de produzir emoções”.
Sergio de Sersank prepara para publicação dois outros livros: “Trovas de Sersank” e “Poemas Espiritualistas”. Também está vertendo para o Esperanto, língua que domina bem, a obra “Estado de Espírito”.
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