Entrevista com Neyd Montingelli

Fotografia de Neyd Montingelli
Neyd Montingelli nasceu em Curitiba é casada e tem 4 filhas.  Formação em Psicologia, Nutrição e Laticínios. Tem 23 livros solo e participa em 90 antologias. Foi premiada em concursos de contos e poesias. Membro da ALB e ALUBRA/SP, Centro de Letras do Paraná, Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires e Lisboa, Embaixada da Poesia e ALMAS/Ba. Recebeu troféu Cecília Meireles, Cora Coralina, Federico Garcia Lorca; Medalha Monteiro Lobato; Medalha Melhores Poetas e Troféu Melhor Cronista, Melhor Contista, entre outros. O livro Cavalos e contos recebeu o prêmio de Melhor Livro de Contos de 2015/16 em Ouro Preto. Recebeu o prêmio Literarte 2017, pelo conjunto da obra.

Vamos conhecer um pouco de sua trajetória.

Você escreve quando está alegre, quando está triste, quando está zangado? Existe alguma emoção que lhe serve de inspiração?

Escrevo a qualquer momento. É só a ideia (poesia, prosa, descrição de um personagem, um tema, um conflito interessante) que eu sento e escrevo. Escrever para mim, é um exercício de emoção e criação.



Quando começou a escrever Poesia?

Há alguns anos, fiz um curso de literatura com a professora Isabel Furini no Solar do Rosário. Foi instrutivo e aprendi muito. Em certo momento das aulas, a professora pediu que os alunos fizessem uma poesia. Eu jamais havia feito qualquer tipo de poesia, mesmo na escola. Sempre gostei de ler poesias, mas escrever? Eu não tinha essa capacidade. A professora incentivou-me a escrever. Dizia para eu escrever simplesmente, com emoção. Fiz então meu primeiro poema. Ela elogiou o trabalho e até incluiu em uma antologia. Fiquei tão contente que me aventurei neste lado da literatura, completamente desconhecido para mim. Apenas um detalhe: a minha poesia, é resultado de trabalho e pesquisa. Não é aquela que surge, como uma inspiração. Eu penso e pesquiso bastante. Faço revisões e procuro usar palavras coerentes. Gosto de rimas, gosto de temas do dia a dia. Afinal, é o meu jeito de escrever poesias.

Você pensa que os meios virtuais (blogues, e-book, sites, redes sociais, etc.) são formas de publicação que ajudam a divulgar o nome do poeta?

Sim. Toda forma de divulgação é bem-vinda ao poeta.


Pode citar os nomes de seus poetas preferidos?

Bem, gosto de poesia com sílabas métricas e acentos rítmicos, mas ainda não sei escrever assim. Apenas aprecio. Preciso aprender. Gosto das composições de Shakespeare, dos poemas de Machado de Assis, da tristeza negreira de Castro Alves, as dores de vida de Cecília Meireles, da musicalidade de Vinícius de Moraes, dos expressivos de Isabel Furini e tantos outros.


Você acha que os livros digitais ameaçam a existência do livro impresso?

Não. Há diversos tipos de leitores. Alguns se identificam com a tecnologia e outros gostam de sentir o papel enquanto leem. Além da acessibilidade, o preço reduzido contribui para a aquisição de livros digitais.


Fale um pouco sobre os seus livros de poesia publicados.

Em abril lancei o livro “Passos poéticos”. Reuni neste livro 140 poesias que escrevi durante estes três anos. Poesias que foram premiadas em concursos, selecionadas para antologias e que compõem outros livros meus. Na minha coleção de livros “Viver”, coloquei poesias com o tema de cada livro, onde estão contos, relatos e receitas: Feliz Páscoa, Feliz Dia das Mães, Feliz Dia dos Namorados, Feliz Dia dos Pais, Feliz Dia das Crianças e Feliz Outubro Rosa. Estou trabalhando em um livro de poesias bíblicas para o próximo ano.


Fale de seus projetos para este final de ano.

Em setembro publiquei o livro infantil “Histórias para todas as crianças”, um livro com 9 contos para ler para as crianças; em outubro lançarei o “O leite de cabra”, um livro mais técnico, com tecnologia de fabricação de queijos e minha vida no trabalho de um Laticínio e criação de cabras. Os próximos livros serão para 2018.




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