Entrevista com Helena Douthe e Franccis Yoshi Kawa, autores de Os Velhacos



Em 08 de maio, 19h30m, os escritores Franccis Yoshi Kawa e Helena Douthe lançaramo romance "Os Velhacos", no Shopping Jardim das Américas, Curitiba.O livro pode ser adquirido nas Livrarias Curitiba.

O livro, escrito a quatro mãos,  narra a saga de duas famílias. As famílias Araújo e Marques, os protagonistas desta saga brasileira de mais de 100 anos, com requintes de argúcia entre vilões.

Franccis Yoshi Kawa empresta ao livro a visão histórica, a crítica social, enquanto Helena Douthe outorga a visão mais lírica na construção de personagenes.

Franccis Yoshi Kawa nasceu na Colônia Esperança, no município de Arapongas, no Paraná. Estudou no Colégio Nilo Cairo de Apucarana e Colégio Emilio de Menezes de Arapongas. É formado em Ciências Contábeis pela UFPR. Trabalhou na Petrobras Distribuidora S/A, Tansportadora Dalcóquio e nas transportadoras do Grupo Battistela, Cotrasa e Rodomar. Escreveu o livro “Ajoelhar Jamais”, em coautoria com Helena Douthe. Ocupa a cadeira 38 da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia - Patrono Victor Hugo.

Helena Douthe é natural de Curitibanos (SC). Graduada em Administração pela PUCPR. Ocupa a cadeira 39 da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia - Patrono Guimarães Rosa. Escreveu o livro “Ajoelhar Jamais”, em coautoria com Franccis Yoshi Kawa. Participou, por duas vezes, publicando seus poemas na Revista Carlos Zemeck – Arte e Cultura. Na Antologia: “Palavra é Arte Poesias”, Projeto Apparere, livro “Sonhei Que…” publicou o poema “Versos Matizados”. Escreveu para o público infantil o livro “As três rosas” (com colaboração de Franccis Yoshi Kawa) que será publicado em 2019. Publica poesias, contos, pensamentos, aldravias e crônicas no site www.recantodasletras.com.br. Romancista, letrista, poetisa, idealista e sonhadora.

Franccis Yoshi Kawa e Helena Douthe
Como vocês perceberam que queriam ser escritores?

Franccis Yoshi Kawa: Quando percebi já era o que se chama de escritor, coautor de um livro a venda nas livrarias. Lembro que durante minha adolescência gostava de desenhar quadrinhos e escrever estórias trágicas ou engraçadas, mas isso ficou no passado. Jamais imaginei que depois de quarenta anos sem nenhuma atividade literária, voltaria a escrever.
Helena Douthe: Sempre gostei de redação e escrevia poemas e poesias como hobby em meu tempo livre, porém nem imaginava ser escritora.


Quando vocês decidiram escrever um romance a quatro mãos? Como iniciou essa parceria?

Franccis Yoshi Kawa: Eu tinha visto um anúncio da Isabel Furini na Gazeta do Povo, de uma palestra no Shopping Estação “Como escrever um romance”. No dia 22 de março de 2011, estava lá a professora Isabel nas Livrarias Curitiba dando palestra para um montão de gente. Naquela ocasião conheci a Helena Douthe, que se interessou pelo “amarelão” que era um esboço de uma história que se passava no tempo do regime militar, cuja capa era de cor amarela. Convidei-a para compartilhar a autoria do livro, sendo que carecia da parte emocional, ambiental e características físicas para alguns personagens. Helena Douthe já tinha interesse e curiosidade em assuntos referentes ao tempo da ditadura militar. Fiquei feliz, pois além de aceitar o desafio da prosa, ela também colaborou criando novos personagens, tornado assim real a obra “Ajoelhar Jamais” publicada em 2017 pela editora Appris.
Helena Douthe: Foi exatamente assim como Franccis Yoshi Kawa contou. Levei o “amarelão” para casa, li, reli e me apaixonei pela trama. Decidi que iria mergulhar na prosa e quando vi, estava exposto nas livrarias. Foi emocionante!


As pessoas têm diferentes pontos de vista. Como vocês conseguem escrever um livro de ficção em conjunto? Existem discussões e brigas?


Somos uma dupla totalmente improvável, é justamente por sermos tão diferentes que nos completamos didaticamente.
No primeiro livro, tivemos quase nenhuma discussão relevante. No segundo livro, por alguma razão, alguns pontos de vista se tornaram convergentes, daí foram inevitáveis algumas brigas exageradamente explosivas. Acreditamos hoje que isso foi positivo para o desenvolvimento de toda trama.


Como surgiu a ideia de “Os Velhacos”?

“Os Velhacos” foi um projeto nosso, cansados de ver tanta bagunça na politica, resolvemos fazer nosso protesto, misturando um pouco de romance e ação. O livro começou a desenvolver-se em fevereiro de 2018 e foi finalizado em agosto de 2018.·.


Vamos falar de personagens: Eles surgem na mente ou vocês vão construindo a partir de pessoas reais? Quem criou os personagens mais importantes do livro?

Criamos a estrutura que dá sustentação a trama que será desenvolvida. Dentro dessa estrutura, inventamos nomes predestinados a mocinhos ou bandidos. São como bebês com diferentes nomes: Adriano, Raquel, Marta. São nomes que vão adquirindo características e personalidades próprias no decorrer da trama. Portanto é irrelevante quem batizou os protagonistas. Os personagens vão adquirindo vida própria e em determinando momento, passam a conduzir a historia.


Os Velhacos é o segundo romance que vocês publicam. Houve mudanças na maneira de focar o trabalho?

A forma de trabalhar é a mesma. A diferença foi com relação ao tempo para criar, desenvolver e finalizar a história. Dessa vez foi muito mais rápido, pois já nos conhecemos melhor.


Não é comum que um romance seja escrito a quatro mãos. Qual é a reação dos leitores?

Pensamos que o sucesso se dá justamente por somarmos nossas habilidades. Completamo-nos, formando assim, textos harmônicos e dinâmicos. Os leitores são privilegiados por terem em mãos uma obra tão criativa, recheada de amor e uma pitada de bom humor.

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