Dia das Mães: Carla Ramos, Marli Voigt, Isabel Furini, João Batista do Lago e Vera Tezza


Poemas com olhares diferente sobre a Mãe, pelos poetas Carla Ramos, Marli Voigt, Isabel Furini, João Batis Lago e Vera Tezza.

Arte digital de Isabel Furini

Aceitar Ser Mãe em si mesma!

O primeiro exercício de Ser Mãe é a aceitação, o segundo, aceitação, o terceiro, também.
Mas, e cadê o Amor, você me questiona?
Ahh, sem aceitação não há Amor em Ser Mãe!

Carla Ramos



Arte digital de Isabel Furini
Perfeita Rosa

Sempre tão linda!
Seu sorriso angelical
Seu olhar acolhedor
Imagine esta rosa
Despetala cada abraço
Perfuma todo momento
Sua bronca espinha
Verdes folhas preocupantes
Vermelha,amarela ou rosa
Desfila pelo caminho
Jovem,adulta ou idosa
Tia, irmã ou avó
Sempre boa prosa
Mãe, diário perfeito.

Marli Voigt

UM NOVO JARDIM

Somente lembro de seu olhar...
era uma chuva constante
que molhava
e apodrecia as raízes de meus sentimentos

anos mais tarde
mamãe reclamou das raízes mortas
que fechavam as portas de minha alma

mamãe - essa Medusa de coração de granito
sempre assinalava alguma fragilidade
de meu temperamento

nas fotografias sempre sorria
e para os outros ela tinha palavras suaves como flores
mas para mim ela foi um vento que arrasava 

por isso gosto de poetizar as flores
para que o vento do amor cure minhas feridas
e possa alegrar o meu jardim.

Isabel Furini

CANÇÃO PARA JÚLIA

Deste-me o teu tempo
Deste-me o teu espaço
Deste-me tuas noites
Deste-me os teus dias
Deste-me o peito
Deste-me o teu leito

O tempo já não me há
O espaço jamais o terei
As noites são pesadelos
Os dias são nublados
Teu peito é sem leite
Minha vida é sem azeite

Hoje me encontro só
Feixe de átomos disperso
Diverso sem porto seguro
Semiótico da tua concha
Significante do único ser
Significado do renascer

João Batista do Lago
 

Louvor à Martinha
(em memória)

Mãe, não és a noite brusca
És o brilho do sol
Que tua filha busca

Não és o tropeço, a caída
És a mulher forte
Que me deu a vida

És o perfume da rosa
Que enfeita o jardim
És tudo o que eu quero pra mim

Não és a lágrima
És o sorriso
Que a minha vida anima

Não és o desânimo
És a luta

E eu me alegro
Por "SER" como és
Mesmo que eu ponha o mundo
Aos teus pés
Serás sempre a mais bonita.

(Vera Tezza - livro: Simples Como a Flor do Campo/2000)









Comentários

  1. Isabel, quanta gentileza. Muito obrigada por conceder-me um espaço em seu blog a fim de homenagear minha mãe - Martinha.
    Seu blog se compara a uma rosa - cada pétala um poema. Parabéns a todos os participantes! e Feliz Dia das Mães.

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