Maria Antonienta Gonzaga, Isabel Furini e Neyd Montingelli: Homenagem à Arte de Alice Alonso


Alice Alonso foi reconhecida como uma bailarina excepcional. Sua consagração como dançarina foi na representação de O Lago dos Cisnes, quando conseguiu fazer 32 fouettés. Fazer 32 fouettés é a exigência para se obter o titulo de “prima bailarina assoluta”.

É preciso concentração, resistência, força, treino e talento para realizar 32 fouettés (chicotes). O nome deriva do fato que a dançarina gira sobre uma só perna, enquanto a outra perna chicoteia o ar. 

A primeira dançarina a realizar os 32 fouettés foi Pierina Legnani, do Imperial Ballet de São Petersburgo, em 1893. Impressionou o público e a crítica. É tradição que as dançarinas mostrem que são virtuosas girando 32 fouettés.


Podemos perceber a importância de Alicia Alonso, lembrando que foi única latino-americana a considerada "prima ballerina assoluta". Ela nasceu na Habana em 1920. A grande dama do ballet, uma das dançarinas mais importantes do século XX, iniciou os seus estudos com 11 anos de idade.  Casou-se com o dançarino Fernando Alonso aos 15 anos, e aos 18 anos estreou na Broadway.  Aos 19 anos teve um problema de visão, mas não desistiu da dança. Continuou se esforçando.

Alice Alonso se caracterizou por ser exigente, rigorosa. Orientou muitos dançarinas e dançarinos de seu país. Foi uma das fundadoras do Balé Nacional de Cuba, e manteve o cargo quase até sua morte, acontecida em 17 de outubro de 2019.
Maria Antonieta Gonzaga Teixeira, Neyd Montingelli e Isabel Furini realizam uma homenagem poética à  Alicia Alonso:

Bailarina
Bailarina, bailarina,
hipnotiza olhares,
tira o fôlego da plateia,
causa suspiro pelos ares.

Bailarina, bailarina,
de sapatilha dourada,
reina na ponta dos pés.

Admirada, idolatrada,
Baila
 ao som da orquestra.

Entre luzes e brilho,
bailarina deslumbra.
Como pássaro, voa no palco.

Ao som da música,
com elegância,
dança com maestria.

Maria Antonieta Gonzaga Teixeira
Acadêmica da AVIPAF. Cadeira 10

Quadro de Maria Antonieta Gonzaga Teixeira

ALICIA, A DANÇARINA

Forte e rigorosa
Foi considerada
A primeira dama da dança


A Terpsícore cubana
Não era só graciosa - era poderosa

Muito talentosa... treinava sem pausa
E exigia que cada movimento fosse perfeito
Pois a dança era a luz de sua alma
E o seu alimento.

Isabel Furini
Presidente da AVIPAF - Cadeira 1

Alicia Alonso, 1955 -Wikipédia

De nuevo, de nuevo...

Antes de Giselle, Carmen;
depois do Quebra nozes, Coppelia;
sobra-nos a lembrança de Alícia.
Incansável, disciplinada, exigente,
a bailarina cubana deixou um legado.
A plena visão não lhe fazia falta,
pois conhecia os passos, os atos, os palcos.
As sapatilhas lhe serviram nos pés até 74 anos
e no coração a vida toda.
Dance de nuevo, Alícia, agora em nossa memória.

Neyd Montingelli
Acadêmica da AVIPAF - Cadeira: 07







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