Entrevista: Franccis Yoshi Kawa fala do livro NAMIDA TAIKO


Helena Douthe e Franccis Yoshi Kawa já publicaram dois livros a quatro mãos, agora estão organizando o lançamento do terceiro livro, “Namida Taiko”. Decidimos entrevistar os dois escritores para falar um pouco sobre o processo de construção da obra, pois é comum escrever livros técnicos em parceria, mas não é comum dois autores reunir esforços para escrever um romance.

Escritor Franccis Yoshi Kawa


Franccis, como surgiu a ideia de escrever sobre uma colônia japonesa?

Durante viagem ao norte do Paraná em junho deste ano, visitamos a Colônia Esperança que fica no município de Arapongas. De início foi difícil imaginar que pudesse surgir uma aventura, um romance, algo mirabolante que pudesse dar sustentação à narrativa, sem ofender ou incomodar os ex moradores e moradores da colônia. Apesar de todos os personagens serem fictícios, sempre há alguém que tenta associar a alguém ou vincular a algo que aconteceu. Helena como sempre, deu uma chacoalhada com suas ideias. Criamos quatro personagens que não fazem parte da colônia, chegam disfarçados de agricultores e se transformam em protagonistas de um enredo cheio de aventura, drama, amor e fantasia.



O livro apresenta alguns elementos baseados na vida real e outros elementos que são imaginários. Poderia falar sobre esse assunto.

A geada de 1.975 dizimou os cafezais do norte o Paraná, ocasionando grave crise financeira que se transformou em drama de famílias que não puderam pagar faculdades de seus filhos. Esse fato que trouxe sofrimento para milhares de pessoas serve de pano de fundo para o enredo totalmente fictício.



Qual foi o principal obstáculo que enfrentaram escrevendo este livro? Qual foi o capítulo mais difícil?

Tudo é muito contido para se manter dentro do comportamento de moradores de uma colônia japonesa. O capítulo mais difícil foi imaginar o que seria a vida nos anos 40.



Algumas palavras estão em japonês. Por que escolheram não traduzir essas palavras?

São expressões para demonstrar indignação, raiva como existem nos mangás, geralmente fora dos balões e não são traduzidos.



O título do livro é Namida Taiko, como e por que escolheram esse título?

Taiko é muito mais que um simples tambor na cultura japonesa. Em junho deste ano começamos a ir em eventos promovidos pela Nikkey e conhecemos o desempenho de um grupo de taiko chamado Wakaba Taiko. Ficamos impressionados e inspirados.



Foi difícil inserir no romance os costumes e tradições das colônias japonesas no Brasil?

Este é o terceiro livro, totalmente diferente do primeiro e do segundo. Foi uma experiência nova. Foi difícil manter o foco dentro do que imaginávamos ser a vida dentro de uma colônia japonesa.


Quando e onde será lançado o livro “Namida Taiko”?
Possivelmente nas Livrarias Curitiba em dezembro 2019.


 

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