O medo tomou conta
O mundo parou
Sem tempo para chorar
Era tarde
Universo pediu socorro
Seu grito ecoou
Nada se fez
O tempo passou
Então
Um vírus chegou
Implacável
Mostrou seu poder
Então
Os joelhos se dobraram
E as orações
Uniram a humanidade.
Marli Terezinha Andrucho Boldori
Vice-presidente da AVIPAF - Cadeira 11
Arte de Isabel Furin |
Estrelas indecisas
adornam o céu.
Luzes de neon oportunistas
já não seduzem a cidade.
Uma sinistra pandemia
assusta a humanidade
e silencia as ruas vazias
da minha cidade.
Em descaso não crio caso,
tenho medo de ter medo
e o caos rasteja aos poucos
e quase me invade.
Bebo a noite pela janela
afasto os escombros e fracassos
e em silêncio me desfaço
nos braços de um poema ácido
que agora sem nenhum abraço,
em linhas tortas, traço.
Jaime Vieira
Acadêmico da Avipaf - Cadeira 27
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ESPERANÇA
A beleza na veste do herói
que não possui capas,
mas bonés e máscaras;
jalecos brancos e fardas.
Aplausos, aplausos!
A eles, a nossa gratidão.
Que vestidos de amor
arriscam suas vidas, sem distinção.
Em meio ao caos
fecham-se janelas e portas,
abrem-se corações.
É só uma fase, afinal!
Rita Delamari
AVIPAF - Cadeira 41
IMAGEM PERPETUADA
Em azul ou branco
Sua figura surge
Passos decididos
Levam adiante
Abre portas com firmeza
Como a oferecer
O caminho da esperança
Durante horas, minutos e segundos
Dedica-se a buscar
A cura abençoada
Alcançada, nem sempre
Durante dias, acumulados em meses
Estoicamente está presente
Nos locais enlaçados pela ciência e fé
Para manter a causa da saúde perene!
Maria Teresa Freire - 09 abril 2020
Presidente da AJEB/PR
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Parabenizo, Isabel Furini e Carlos Zemek pela Revista, obrigada pela publicação!
ResponderExcluirParabéns a todos pelos lindos poemas!