Decore sua casa com livros: Costurando ventanias de Nic Cardeal






Vamos decorar nossa casa com livros especiais. 

Nic Cardeal lançou, em setembro/2021, o livro de contos 'Costurando ventanias',  pela Editora Penalux.

Algumas frases do livro, para degustação do olhar, do pensamento, do coração:

"(...) Não sou eu quem escreve. Os poemas me descrevem. Os poemas são a alma. As palavras, seu corpo. Eu - apenas a linha que pesca. Tênue, frágil, breve. Um dia, enfim, estarei prescrita. (...)" (pág. 14).

"(...) Eu também quero a vida que atravessa a palavra. Sorver até a última gota esse silêncio que sufoca a garganta e impede a voz de ser o órgão febril da palavra. Eu não quero apenas a mão que ergue a caneta e escreve a palavra. Eu quero a alma que percorre a mão, eu quero o gesto, o verbo, a liberdade voando solta nas asas da palavra - tão fugidia. Esguia. (...)" (pág. 15).

"(...) Esse sentir as coisas, as gentes, os jeitos, as dimensões e os dissensos, as rasuras feitas por medos imensos, o viver dilacerante de sorver a ânsia por um olhar a atravessar o peito, é um sentir avesso, espesso, não muito afeito a traduzir-se em contextos. Quase um delírio deliciado em instantes trôpegos. Únicos. Deliciosamente imperfeitos. (...)" (pág. 26).

"(...) Nascem mosaicos em mim: sou um coração que brotou. (...)" (pág. 36).

"(...) Haverá depois outro ninho para a alma exausta?" (pág. 39)

"(...) Afinal, de que são feitos os sonhos? Eles são feitos de medidas de eternidade, costurando ventanias em asas de borboletas." (pág. 44).

"(...) todos repartiam a dor de um - e a dor virava um pão fatiado em tantos pedaços quanto o número de pessoas da aldeia, como se cada um mastigasse um naco da dor de um, diluída em amor. A palavra esquisita vinha ao mundo para virar amor - o amor daquele jeitinho bonito: ninguém soltava a mão de ninguém numa ciranda quase sem fim de diluir a dor até a própria dor virar 'um ninguém'. (...)" (págs. 56/57).

"(...) Bem que a gente deveria nascer mais água, feito um rio de palavras, que nos dissesse com maior clareza sobre essa coisa de vir ao mundo para existir! Com direito a beber um mar inteiro de sentidos para esse mistério que é viver, até o dia (tão certeiro) de se ir desaguando e morrer..." (pág. 64).


"(...) Porque escrever tem de doer para existir." (pág. 66).


"(...) Morrer deve ser assim tão mudo que há de se ouvir o pulsar da eternidade... (...)" (pág. 84).

"(...) Tudo aqui é por um fio. Não há chama sem pavio. Quando se forem os meus dedos, que se danem os meus medos. E, depois do tempo, além do vento, há de haver um bom alento. Em boa prosa, poesia ou silêncio." (pág. 96).

'Costurando ventanias' está à venda, em Curitiba, na 'Mahatma Livraria de Expansão', que continua fechada devido à pandemia, mas atende com hora marcada por meio do WhatsApp 41 9773-5494; ou diretamente pelo WhatsApp 41 9605-9709, com envio pelo correio; ou, ainda, pelo site da Editora Penalux. 

 

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