Homenagem à Rita Lee: Afonso Guerra-Baião, Isabel Furini e Atílio Andrade

 






Rita Lee

Elétrica ovelha
guitarra desgarrada
arte de Eva
letra de ave
na ária de sol
sem clave

Afonso Guerra-Baião


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A voz da Rita Lee

Voam as folhas de Maio
emagrece o calendário
morre a rosa vermelha
espalha o seu perfume
mas os espinhos de ontem
permanecem fincados nas mãos
voa a borboleta
e não fica confinada pelo vidro da janela
a morte espreita
o amor mingua como a Lua
o mundo é um jardim longe do éden
- é um local de amarguras e de mágoas

de repente, ouvimos
Doce Vampiro na voz ireverrente da Rita Lee
e percebemos
que na caixa de Pandora do mundo
ainda dança a esperança

Isabel Furini

*

O Show

Um dia fui ao show
Da Rita
Queira ou não
Acredita...
Pensei pensei...
De tudo escutei
A época?
Sim: da Dita (dura)
Fiquei assombrado
Das palavras corajosas
Que Lee
Soletrava...corajosamente
Que na mente
Ainda refletem e não mentem
O rosto e o jeitão
De ser gente....
Hoje se despede do palco da vida
Com vivas de saudades
Mas, continuarás eterna.

Atílio Andrade



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