Atílio Andrade: Caminheiro









Caminheiro


Caminheiro! Abanca-te, descansa!
Depois , segue,
Teu doloroso caminho.

Olha a poeira ao longo da estrada!
É fina... impura...
E tu vagueias por ela.

Respiras d'uma só vez
Todo o ar da tua vida.
Agora pára e sinta o deleite
Deste teu desconhecido.

E no acalanto deste tugúrio,
Silencioso, procures ouvir
O doce murmúrio,
Das correntes que vozeiam:

- Não, não vás agora!
Primeiro encontre teu caminho,
Depois jornadeie tranquilo
Nas sendas da vida.

 
Atílio Andrade
Acadêmico da AVIPAF - Cadeira n.45

Imagem gerada pela IA do Bing


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