Flavio Madalosso Vieira: Crônica comemorativa Dia do Professor

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 Bom-dia, amigos!

 Giz, apagador, diário de classe, cabeça cheia de conhecimentos e técnicas, mente voltada para a finalidade que o põe ali, naquele lugar, naquele momento, vivenciando o dia a dia dos filhos dos outros. Segue pelo corredor, chega em uma sala cheia de pessoas – crianças, adolescentes, adultos – e começa a trabalhar. Toma suas ferramentas (o giz e a voz, o raciocínio e a paciência) e se põe, com amor e dedicação, a construir, a produzir, a concretizar esperanças, a transferir as sabedorias necessárias para o progresso de alguém, ou de alguns, ou de todos. É o Professor em ação, firme e dedicado no seu mister de ensinar, de fazer mais lapidadas as inteligências, mais capazes para a vida e para a luta aqueles que nele confiam e dele esperam algo que lhes permita crescer.

 Para este profissional, o tempo não passa, é sempre o mesmo, as coisas são sempre iguais no âmago da questão. Ele se aperfeiçoa, faz cursos, recicla conhecimentos, avança na sua titulação; variam as técnicas, avança a ciência em todas as áreas, a tecnologia nos empurra para frente no tempo e no espaço, mas o trabalho do Professor é, no fundo e no mais recôndito mistério do seu ser, a mesma coisa: ensinar, falar para ser compreendido, fazer compreender, independente das técnicas, das ciências, das tecnologias. O profissional do magistério vai ensinar sempre e sempre, e jamais teremos avanço em qualquer área se não tivermos professores abnegados em fazer entender, em fazer compreender, em incutir nas mentes jovens aquilo que o mundo lhes cobrará, cedo ou tarde.

 Depois, o sinal marcando o final da aula. Recolhe suas ferramentas (o giz, o apagador, o diário de classe), e sai. Ali já cumpriu uma parte de sua obrigação, ou do seu prazer, depende de cada um, e vai para outra oficina. O corredor, a sala cheia de pessoas, e tudo se repete, senão no conteúdo, nas formas de agir e trabalhar. 

 Finda o dia, finda a noite de trabalho. Agora o descanso? Ainda não. É preciso pensar nas atividades do dia seguinte, naquilo que construirá na próxima aula. Assim se sucedem os dias, os meses, os anos. Os alunos vêm e vão, os professores ficam trabalhando sempre as mentalidades que desejam progredir, e insistindo com aqueles que teimam em não querer aprender. É trabalho árduo, nem sempre reconhecido, nem sempre recompensado, mas sempre digno, necessário, fundamental. Neste ponto, uma indagação: que seria da humanidade se Albert Sabin não tivesse tido professor de Química? ou o que seria de nós se Grann Bell não tivesse tido professor de Física? Como estaria a nossa cultura se Drummond não tivesse tido Professor de Português? E tantos e tantos outros importantes expoentes das nossas vidas nada teriam realizado pela humanidade sem ter, antes, passado pelas orientações de Professores.

 Hoje, quinze de outubro, "DIA DO PROFESSOR", não sabemos o que fazer: homenagear ou agradecer? Na particularidade do cronista, também Professor, o agradecimento é a única e verdadeira recompensa que o tempo não esvaziará, que permanecerá sempre e sempre na lembrança. Às vezes um simples sorriso, sem palavras, um olhar, um gesto, um cumprimento. Mas a Deus, pela infinita sabedoria e bondade, os agradecimentos eternos e comovidos pela oportunidade de, nesta vida, sermos Professores.

 E com muito orgulho, com muita alegria, com o coração e a alma repletos de gratidão, levamos a todos os Professores a lembrança de que o mundo depende de quem ensine, e por isto dizemos, com o peito cheio de amor à profissão do magistério: GRAÇAS A DEUS, SOMOS PROFESSORES!

Crônica de Flávio Madalosso Vieira (Vieira Neto)

(PERFIS DA CIDADE -ano XXXI - nº 5127 crônica produzida e publicada em 15/10/2011 - Rádio Clube Ponta-Grossense – locutor: Nélson Ribeiro)

Publicada com autorização.

Comentários

  1. Flávio, sua crônica mexeu com minha emoção. Só sendo professor para descrever tão bem a vida do professor. Parabéns, grande abraço!
    Marli Andrucho Boldori

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  2. Uma crônica ímpar meu amigo. Somos professores e alunos, sempre buscando ensinar e aprender nesses dias cada vez mais confusos.
    Parabéns..Parabéns .

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