Efeito Cênico
No ensaio da vida,
frágeis papeis encapelados
decoram cenas de glamour a medo
Impotente,
na inversão térmica do silêncio
sucumbe um grito de socorro,
preso à garganta
Renhido dilema
entre impressões digitais
e o orvalho.
Andréa Motta
Rostos sem nome
Se a terra é tão azul
e seu chão tão vermelho,
por quê tantos rostos sem nome?
por quê no trajeto de tantos sonhos sem regras,
o Homem...
Perde-se em tanto desamor?
Se os rios correm para o mar
e suas águas são tão cristalinas,
por quê o Homem corre contra o tempo?
Se os desfiladeiros têm fendas
e suas rochas são atalhos de cândido marrom,
por quê os Homens clamam tanto por Justiça
quando matam sem pudor?
Se as florestas são tão verdes
e seus frutos alimentam,
por quê os Homens furtam para cevar
a fome ?
Se música e a poesia encantam e
embalam os sonhos,
por quê os Homens não as deixam fluir
como sinfonia tatuada e fomentam a paz?
Se o mundo fosse perfeito e todos vivessem
dos frutos que a terra nos dá...
sem guerras, sem mortes, sem rebeldias
como se fosse o éden
será que os Homens ainda conseguiriam sonhar?
Andréa Motta
Renitência
Eminente o medo
Cega a expressão
e os sonhos
Paira sobre os olhos
Um vento desolador
Range a porta
Da abóbada celestial
A memória julga
Sugestiona e critica
o mito da criação
Rodeada pelo silêncio,
A consciência
Assume novo papel
Andréa Motta
(in)quietude
No ensaio da vida,
frágeis papeis encapelados
decoram cenas de glamour a medo
Impotente,
na inversão térmica do silêncio
sucumbe um grito de socorro,
preso à garganta
Renhido dilema
entre impressões digitais
e o orvalho.
Quadro de Carlos Zemek |
Andréa Motta
Rostos sem nome
Se a terra é tão azul
e seu chão tão vermelho,
por quê tantos rostos sem nome?
por quê no trajeto de tantos sonhos sem regras,
o Homem...
Perde-se em tanto desamor?
Se os rios correm para o mar
e suas águas são tão cristalinas,
por quê o Homem corre contra o tempo?
Se os desfiladeiros têm fendas
e suas rochas são atalhos de cândido marrom,
por quê os Homens clamam tanto por Justiça
quando matam sem pudor?
Se as florestas são tão verdes
e seus frutos alimentam,
por quê os Homens furtam para cevar
a fome ?
Se música e a poesia encantam e
embalam os sonhos,
por quê os Homens não as deixam fluir
como sinfonia tatuada e fomentam a paz?
Se o mundo fosse perfeito e todos vivessem
dos frutos que a terra nos dá...
sem guerras, sem mortes, sem rebeldias
como se fosse o éden
será que os Homens ainda conseguiriam sonhar?
Andréa Motta
Renitência
Eminente o medo
Cega a expressão
e os sonhos
Paira sobre os olhos
Um vento desolador
Range a porta
Da abóbada celestial
A memória julga
Sugestiona e critica
o mito da criação
Rodeada pelo silêncio,
A consciência
Assume novo papel
Andréa Motta
(in)quietude
Na linha do destino,
sorrisos e pranto
escuridão e luz.
A noite calada registra
as marcas inexoráveis do tempo.
No rastro
sorrisos e pranto
escuridão e luz.
A noite calada registra
as marcas inexoráveis do tempo.
No rastro
da estrela-guia: a Paz.
Andréa Motta
Andréa Motta nasceu na cidade de São Paulo, em 1957. Reside em Curitiba - Paraná. É graduada e Pós-graduada em Direito. Em sua trajetória literária, obteve várias premiações. Participa de diversas antologias. É titular da Cadeira nr. 30 da Academia Paranaense de Poesia onde exerce o cargo de vi-ce presidente. Faz parte diversos grupos de escritores e poetas entre os quais o Grupo Pó&teias, além de ser membro efetivo do Centro de Letras do Paraná sendo Diretoria de Relações Institucionais desta entidade, é a 1ª Vice-Presidente Nacional do Proyecto Cultural Sur/Brasil; é Presidente da União Brasileira de Trovadores – Seção de Curitiba.
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