ROJOS
enredos retorcidos nos fios frios destemperos
temperados nas moradas maviosas de marés noturnas
creio que o fulgor amarelos dos dias desabitados esvanecem
crus e sólidos – arruinados - mambembes requisitados
em suas deixas madeixas deixados ao lado fronte dessa ponte
pontificados pontífices alumbrados
desastroso o processo processual perímetro
pacificado meu rumor de lentilhas labores lestos prestos
a cor desse santo é mesmo em branco alvor do horizonte
por onde permeia a carne carnificina carmim alvorada
desses pássaros rojos – carmim desavisado sangre salgado
os rios que percorrem as fronteiras dessas cordilheiras de luz e sombra
e almíscar e fatos e quadros e nenhum preparo
já que só ao corredor corrimão da vida e suas estreitas agonias cabe a flor
de lótus e lutos com que enlutamos de preto e anis os muros que circundam
as luas de brandura e benzidas rezas de marias lentas e descompassadas
formosuras destemperadas no alvará – certeiro - bravio chamado
de luta e lótus.
Jandira Zanchi
LÚCIFER
celebro o vento
e seu corredor
mirante/estrelas
vapor naufrago
desse coração
macerado na ciência
sabedor das pontes
passagens rútilas
por onde a matéria
só é uma batida
mais densa
lúcifer
ferido/faminto
capataz de anjos
(amores são caldos de resistência...)
Jandira Zanchi
FUNDO FALSO
fundo falso...
aproximo esse céu
- construído com o vagar
das histórias de amor -
semeando crepons e andaluzias
noites morenas de pálido quietar
um pedaço de além tempo
embrutecido da morte e
virgem da vida
aguado ao viés do sonho
esclarecido .
Jandira Zanchi
Jandira Zanchi é poeta, ficcionista e participa do conselho editorial de "mallarmargens revista de poesia e arte contemporânea". Atuou no magistério no ensino de física e matemática em faculdades, colégios e cursos preparatórios. No final dos anos 80 trabalhou como professora cooperante na Universidade Agostinho Neto em Luanda – Angola.
Como poeta publicou:
- Gume de Gueixa (Editora Patuá, 2013)
- o livro virtual A Janela dos Ventos (Emooby, 2012)
- Balão de Ensaio (Editora Protexto, 2007)
- tem lançamento para breve de Área de Corte (Editora Patuá).
Blog pessoal: http://jandirazanchi.blogspot.com.br/
enredos retorcidos nos fios frios destemperos
temperados nas moradas maviosas de marés noturnas
creio que o fulgor amarelos dos dias desabitados esvanecem
crus e sólidos – arruinados - mambembes requisitados
em suas deixas madeixas deixados ao lado fronte dessa ponte
pontificados pontífices alumbrados
desastroso o processo processual perímetro
pacificado meu rumor de lentilhas labores lestos prestos
a cor desse santo é mesmo em branco alvor do horizonte
por onde permeia a carne carnificina carmim alvorada
desses pássaros rojos – carmim desavisado sangre salgado
os rios que percorrem as fronteiras dessas cordilheiras de luz e sombra
e almíscar e fatos e quadros e nenhum preparo
já que só ao corredor corrimão da vida e suas estreitas agonias cabe a flor
de lótus e lutos com que enlutamos de preto e anis os muros que circundam
as luas de brandura e benzidas rezas de marias lentas e descompassadas
formosuras destemperadas no alvará – certeiro - bravio chamado
de luta e lótus.
Jandira Zanchi
LÚCIFER
celebro o vento
e seu corredor
mirante/estrelas
vapor naufrago
desse coração
macerado na ciência
sabedor das pontes
passagens rútilas
por onde a matéria
só é uma batida
mais densa
lúcifer
ferido/faminto
capataz de anjos
(amores são caldos de resistência...)
Jandira Zanchi
FUNDO FALSO
fundo falso...
aproximo esse céu
- construído com o vagar
das histórias de amor -
semeando crepons e andaluzias
noites morenas de pálido quietar
um pedaço de além tempo
embrutecido da morte e
virgem da vida
aguado ao viés do sonho
esclarecido .
Jandira Zanchi
Como poeta publicou:
- Gume de Gueixa (Editora Patuá, 2013)
- o livro virtual A Janela dos Ventos (Emooby, 2012)
- Balão de Ensaio (Editora Protexto, 2007)
- tem lançamento para breve de Área de Corte (Editora Patuá).
Blog pessoal: http://jandirazanchi.blogspot.com.br/
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