Cartaz Divulgação
Charlotte Rampling em entrevista disse "talvez os atores negros não merecessem estar na lista final". Talvez o melhor para Charlotte seja dedicar-se à atuação e evitar dar entrevistas. Especialmente quando seus comentários mostram falta de informação. Alguns atores negros mereciam estar na lista dos indicados ao Oscar. Por exemplo: Pessoas de todas as raças lamentaram a ausência do excelente Michael B. Jordan na lista do Oscar.
A verdade é que Charlotte Rampling perdeu a oportunidade de dizer algo inteligente ou de fazer silêncio. Alguns até lembraram daquela frase famosa do antigo programa Sai de Baixo: Cala a boca, Magda! Parafraseando falaram: Cala a boca, Charlotte!
E é verdade que todos os seres humanos falamos besteiras algumas vezes, geralmente quando estamos nervosos, cansados, irritados... mas em uma entrevista, em um momento tão delicado como a escolha do Oscar 2016, fazer essas afirmações mostrou a falta sensibilidade de Charlotte. Uma atriz talentosa, mas incapaz de falar com coerência. Uma pena!
Isabel Furini é escritora
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A oportunidade de ficar calada é mais fácil ao publicar um texto do que em ua entrevista. Qual o percentual de negros na indústria do cinema americano? Aliás, qual o percentual de negros no total da população? Há 3 anos, quando 3 negros foram indicados a categorias de atores (uma venceu), fora indicação a diretor e prêmio para melhor filme, esta proporcionalidade foi “respeitada”? Por quê a polêmica só com atores? Qual é a proporção de brancos/negros indicados nas demais categorias? Nesta “lógica”, deve-se calcular também as proporções “devidas” a latinos, asiáticos, índios... A questão é e sempre será de mérito!
ResponderExcluirMérito só se pode discutir quando as condições de disputa são iguais entre as mais diversas etnias raciais. Seria a arte de interpretar um atributo somente dos atores e atrizes de pele branca? Os Negros e descendentes das demais etnias seriam desprovidos da capacidade de interpretar bem? Acredito que não porque o talento não escolhe cor nem classe social. Se o fato fosse irrelevante o Presidente dos Eua, Barack Obama, manifestaria-se sobre o caso? Creio que não. Este fato observado no Oscar 2016 reflete o que acontece na Sociedade americana, que é imensa marginalização dos negros. É óbvio que a indústria cinematográfica sempre teve por paradigma a beleza branca. É lamentável este tipo de comportamento nos dias de hoje. Querer discutir mérito em condições desiguais é sofismar sobre o assunto.
ResponderExcluirEntāo Vamos criar cotas: para negros, latinos, aasiáticos, nativos americanos, etc. E para as mulheres de todas estas etnias e brancas também, sempre discriminadas nos Oscars de direção e outras categorias. Assim os homens brancos serão reduzidos à sua real significância!
ResponderExcluirFernando Coelho... pelo sobrenome é latino. Voce não seria considerado branco nos Estados Unidos. Com certeza se beneficiaria de qualquer oportunidade que seja outorgada aos latinos.
ExcluirSe as cotas colocassem todas as etnias em condições de igualdade na competição em todas as áreas, poderia ser a solução. Caso contrário, talvez fosse necessário governos e políticas que produzissem uma sociedade mais sadia, mais humana e que propiciasse iguais condições para todas as pessoas, independente da etnia ou cor da pele. O histórico de racismo nos EUA é evidente. Há 48 anos, tempo menor que a idade do presidente Obama, os racista mataram Martin Luther King. A luta dele era justamente por igualdade. Ninguém é melhor ou pior por causa da cor da pele. É preciso ter a mente aberta para aceitar tal afirmação. Não é só no cinema que os negros americanos tem condições desiguais de competição, mas em todas as áreas. Mesmo no esporte onde se destacam, a presença de negros nos grandes esportes populares é recente, talvez uns cinquenta anos.O branco não é melhor nem pior que o negro, o asiático ou os latinos, dos quais você faz parte, é igual. O que difere são as condições de competição.
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