A artista plástica Cirlei Gonçalves inaugura exposição individual no Espaço Cultural Armazém Colônia em Curitiba.
Serão obras em acrílica sobre tela, explorando a técnica da velatura, onde a cor tem papel decisivo, na busca da artista pela quintessência cromática.
O filósofo Aristóteles considerava que o universo era composto de quatro elementos principais - terra, água, fogo e ar -, mais um quinto elemento, uma substância etérea que permeava tudo e impedia os corpos celestes de caírem sobre a Terra. Em sentido mais comum, podemos dizer que quintessência é a parte mais pura de um todo, ou seja, uma espécie de encontro com uma essência básica.
Mas como buscar a essência da cor? Impossível, pela própria mutabilidade da capacidade individual da visão, do cérebro, das variações cromáticas em função da interferência dos reflexos, das sombras, da cor local e da cor refletida, dentre outros fenômenos.
Mas a artista Cirlei Gonçalves parece correr em busca deste desiderato, tamanha a persistência retiniana de sua pesquisa. Para a ciência, a dinamicidade é a propriedade mais atraente da quintessência. Em contraste, a quintessência interage com a matéria e evolui com o tempo. E podemos ver na obra da artista esta dinamicidade que corre para todos os lados, na busca de uma fuga apoteótica em busca das essências, o que posso denominar como “vetores cromáticos”, que, assim como o elétron, pode variar inesperadamente de lugar, e no caso da pintura da artista pode ser visto como uma ilusão de ótica derivada da optical-art.
O evento é uma realização da Art Invest e da Pop Art Útil Comércio de Arte, em parceria com o Armazém Colônia, local reinaugurado há pouco tempo em Curitiba, destinado à boa gastronomia e à cultura de qualidade.
A exposição será inaugurada em 12 abril, com vernissage marcada para às 19 horas e está aberta a todos os interessados gratuitamente. A temporada será até dia 31/05/2016, com visitas das 11 às 14h30, e das 17h30 às 23h00, de segunda à sábado.
TEXTO CRÍTICO COLOCADO NA EXPOSIÇÃO
Muitos artistas, assim como alguns filósofos, procuram a quintessência, cada um com seu meio de captura. Richard Wagner, nas suas obras finais, a buscava através do pianíssimo de suas melodias, quase inaudíveis para os ouvidos mortais. Maeterlink tentava trazer para a cena teatral a imagem plasmada nas palavras sutis que compunha em sua alma. Mikhail Baryshnikov ansiava pela transparência do movimento no ato da dança. Andrei Tarkovski, no lento percurso de seus travellings cinematográficos, procurava aproximar-se do vácuo existencial. Cecília Meireles, em seus diáfanos versos, já se encontrava mais no limiar do éter gaseificado do que na matéria incandescida desse mundo.
O artista plástico pode se aproximar deste quinto elemento de várias formas. Wassily Kandynski procurava, através da pureza das formas e das cores, o encontro com as essências originárias. Cirlei Gonçalves, artista plástica paranaense, por sua vez, faz esta busca através de seus Vetores Cromáticos: caminhos que se movimentam por um sistema de cores que se entrelaçam, se cruzam, se bifurcam, se encontram, se misturam, se confundem, pelo efeito da veladura, que é a técnica usada por ela para elevar o estado bruto da matéria pictórica a um estado mais volátil e espiritualizado. E recortando toda a construção, um skyscraper branco, reunião de todas as cores, que sinaliza a presença do humano. É a sua tentativa de plasmar a cor no éter.
Jul Leardini - Curador e Professor de História da Arte
http://blogdojul.blogspot.com
SERVIÇO:
Evento: A Quintessência da Cor
Local: Armazém Colônia – Endereço: Av. Vicente Machado, 1168 – Bairro: Batel Soho Estacionamento conveniado UNIPARK ao lado do Itáu na mesma rua.
Horário: Vernissage – 12 de abril de 2016, das 19h00 às 23h00
Temporada: 13 de abril a 31 de maio de 2016 – das 11h00 às 14h30 e das 17h00 às 23h00 , de segunda a sábado.
Produção: Art Invest e Pop Art Útil (no dia será o lançamento do site cultural ART INVEST FEIRA PERMANENTE DE ARTE EM FORMA DE LEILÃO.
Fone para contato: (41) 9978-7561 / 3024-3631 - Email: cirlei.op.art@gmail.com
Serão obras em acrílica sobre tela, explorando a técnica da velatura, onde a cor tem papel decisivo, na busca da artista pela quintessência cromática.
O filósofo Aristóteles considerava que o universo era composto de quatro elementos principais - terra, água, fogo e ar -, mais um quinto elemento, uma substância etérea que permeava tudo e impedia os corpos celestes de caírem sobre a Terra. Em sentido mais comum, podemos dizer que quintessência é a parte mais pura de um todo, ou seja, uma espécie de encontro com uma essência básica.
Mas como buscar a essência da cor? Impossível, pela própria mutabilidade da capacidade individual da visão, do cérebro, das variações cromáticas em função da interferência dos reflexos, das sombras, da cor local e da cor refletida, dentre outros fenômenos.
Mas a artista Cirlei Gonçalves parece correr em busca deste desiderato, tamanha a persistência retiniana de sua pesquisa. Para a ciência, a dinamicidade é a propriedade mais atraente da quintessência. Em contraste, a quintessência interage com a matéria e evolui com o tempo. E podemos ver na obra da artista esta dinamicidade que corre para todos os lados, na busca de uma fuga apoteótica em busca das essências, o que posso denominar como “vetores cromáticos”, que, assim como o elétron, pode variar inesperadamente de lugar, e no caso da pintura da artista pode ser visto como uma ilusão de ótica derivada da optical-art.
O evento é uma realização da Art Invest e da Pop Art Útil Comércio de Arte, em parceria com o Armazém Colônia, local reinaugurado há pouco tempo em Curitiba, destinado à boa gastronomia e à cultura de qualidade.
A exposição será inaugurada em 12 abril, com vernissage marcada para às 19 horas e está aberta a todos os interessados gratuitamente. A temporada será até dia 31/05/2016, com visitas das 11 às 14h30, e das 17h30 às 23h00, de segunda à sábado.
Obra de Cirlei Gonçalves |
TEXTO CRÍTICO COLOCADO NA EXPOSIÇÃO
Muitos artistas, assim como alguns filósofos, procuram a quintessência, cada um com seu meio de captura. Richard Wagner, nas suas obras finais, a buscava através do pianíssimo de suas melodias, quase inaudíveis para os ouvidos mortais. Maeterlink tentava trazer para a cena teatral a imagem plasmada nas palavras sutis que compunha em sua alma. Mikhail Baryshnikov ansiava pela transparência do movimento no ato da dança. Andrei Tarkovski, no lento percurso de seus travellings cinematográficos, procurava aproximar-se do vácuo existencial. Cecília Meireles, em seus diáfanos versos, já se encontrava mais no limiar do éter gaseificado do que na matéria incandescida desse mundo.
O artista plástico pode se aproximar deste quinto elemento de várias formas. Wassily Kandynski procurava, através da pureza das formas e das cores, o encontro com as essências originárias. Cirlei Gonçalves, artista plástica paranaense, por sua vez, faz esta busca através de seus Vetores Cromáticos: caminhos que se movimentam por um sistema de cores que se entrelaçam, se cruzam, se bifurcam, se encontram, se misturam, se confundem, pelo efeito da veladura, que é a técnica usada por ela para elevar o estado bruto da matéria pictórica a um estado mais volátil e espiritualizado. E recortando toda a construção, um skyscraper branco, reunião de todas as cores, que sinaliza a presença do humano. É a sua tentativa de plasmar a cor no éter.
Jul Leardini - Curador e Professor de História da Arte
http://blogdojul.blogspot.com
SERVIÇO:
Evento: A Quintessência da Cor
Local: Armazém Colônia – Endereço: Av. Vicente Machado, 1168 – Bairro: Batel Soho Estacionamento conveniado UNIPARK ao lado do Itáu na mesma rua.
Horário: Vernissage – 12 de abril de 2016, das 19h00 às 23h00
Temporada: 13 de abril a 31 de maio de 2016 – das 11h00 às 14h30 e das 17h00 às 23h00 , de segunda a sábado.
Produção: Art Invest e Pop Art Útil (no dia será o lançamento do site cultural ART INVEST FEIRA PERMANENTE DE ARTE EM FORMA DE LEILÃO.
Fone para contato: (41) 9978-7561 / 3024-3631 - Email: cirlei.op.art@gmail.com
Comentários
Postar um comentário