Madalena Ferrante Pizzatto: Cisnes brancos - e outras poesias



Fotografia de Isabel Furini
A SAUDADE CHORA

Minha saudade criou raízes  
na minha casa desabitada,
tão triste, vazia e solitária,
sem moradores, sem gargalhadas.
Minha saudade com  nostalgia    
vagueia entre suas lembranças.                        
entra no antigo quarto sem móveis
que o tirano tempo o fez deserto.      
( onde jovem, eu ainda tinha sonhos )
Passa por um pequeno jardim
escuta arrulhos de vários pombos,
por capricho ou por insano engano,
a saudade vê meu pai na rua
entre os alvoroçados pombos.
A saudade sente um doce aroma    
oscila e caminha até a cozinha ,  
( onde no passado era alegria )  
ela vê,  minha mãe reclinada
tem olhar vago , aflito e molhado.

Em silencio, transcendo no tempo,
permaneço do lado de fora
desta casa que não é mais minha,
sem coragem de nela entrar


A SAUDADE CHORA

Minha saudade criou raízes
na minha casa desabitada,
tão triste, vazia e solitária,
sem moradores, sem gargalhadas.
Minha saudade com  nostalgia    
vagueia entre suas lembranças.                        
entra no antigo quarto sem móveis
que o tirano tempo o fez deserto.      
( onde jovem, eu ainda tinha sonhos )
Passa por um pequeno jardim
escuta arrulhos de vários pombos,
por capricho ou por insano engano,
a saudade vê meu pai na rua
entre os alvoroçados pombos.
A saudade sente um doce aroma    
oscila e caminha até a cozinha ,
( onde no passado era alegria )  
ela vê,  minha mãe reclinada
tem olhar vago , aflito e molhado.

Em silencio, transcendo no tempo,
permaneço do lado de fora
desta casa que não é mais minha,
sem coragem de nela entrar
eu só deixo a saudade chorar…

Madalena Ferrante Pizzatto






DOURADA ALVORADA

Quando ouço o tilintar dos sinos,
o sol fecha a sua cortina,
mancha de escarlate o horizonte,
tranquilamente se declina
e vai embora sem alvoroço.

Partem com ele, os meus sonhos,
semelhante a uma revoada
de canarinhos tristonhos    

Sem ceder, de novo refeita,
aguardo por um novo dia
na asa dourada da alvorada.
 ( nova faísca de alegria )

Madalena Ferrante Pizzatto




CISNES BRANCOS

Os anos pingam dia a dia…
com muita pressa… o tempo passa…
Todos os meus  dias são iguais
a dezenas de cisnes brancos.

Trago tristezas e alegrias,
levo partidas e chegadas.
Na vida, quero ser mais calma,
ver beleza onde ninguém vê,
e fazer versos mais serenos.

Os anos pingam dia a dia…
com muita pressa… o tempo passa…
Todos os meus  dias são iguais
a dezenas de cisnes brancos.

Não preciso de grandes sonhos,
nem buscar novas ilusões.
Estou feliz  com meu jardim
e com as flores que plantei.

Entre dezenas de cisnes brancos
caminho com paz com minha alma.

Madalena Ferrante Pizzatto



Madalena Ferrante Pizzatto: Sou goiana, mãe, esposa, economista e poeta. Sócia efetiva da Academia de Poesia do Paraná e também da União Brasileira de Trovadores - Curitiba - PR.
Participei das antologias : Poesia Todo Dia, Poesia do Brasil ( volume 19 e 21 ) - Antologia Conexão I e III (Feira do Poeta), e da revista Gente de Palavra  números 35/38/39 e 41), Tenho um livro publicado:  Entre Sonhos e Poesias.

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