Essa festa era dedicada à deusa Juno (protetora das mulheres e do casamento) e ao deus Pã, representado com chifres e pernas de bode. Pã tinha características marcantes: levava sempre consigo uma flauta porque era amante da música, perseguia as belas Ninfas e protegia os pastores. A Mitologia considerava que Pã se havia transformado em uma loba para criar e proteger Rômulo e
Remo, os fundadores de Roma.
Outra lenda conta que o imperador Cláudio II queria que o império tivesse um grande e poderoso exército. Claudio II proibiu a realização de casamentos em época de guerra, porque considerava que homens solteiros se alistariam mais facilmente e seriam melhores guerreiros. Mas um bispo romano chamado Valentim não obedeceu a ordem do imperador e continuou celebrando casamentos. Ele foi preso e decapitado em 14 de fevereiro de 270.
Tem outras lendas relacionadas com mártires cristãos mortos em 14 de fevereiro. Na atualidade, em muitos países se festeja o Dia de São Valentim. Os casais trocam presentes e cartões postais. Com a internet, muitos casais enviam para sua cara metade poesias, fotografias e frases de carinho seja pelo e-mail, pelo telefone ou pelas redes sociais. É um dia dedicado ao Amor.
(Pesquisa realizada por Isabel Furini)
Para homenagear o Dia de São Valentim convidamos para falar de amor os poetas: Maria Antonieta Gonzaga Teixeira, Isabel Sprenger Ribas, Elciana Goedert, Luiz Eduardo Gunther, Isabel Furini, Decio Romano, Neyd Montingelli, Angel Popovitz, Sonia Cardoso, Eduardo Bettega, Madalena Ferrante Pizzato, Clevante Pessoa de Araújo Lopes, Maria da Glória Colucci, Carmos Vasconcelos e Van Zimerman.
Lenda ou Realidade?
Morenas... Ruivas
Negras... e Loiras
Não importam a cor da pele
- São moças casadoiras.
Jovens apaixonados
Fazem orações
Recorrem a Santo Antônio
- para unir seus corações.
Solteironas e solteirões
Não perdem a esperança
De encontrar a pessoa amada
- E juntar suas heranças.
Lenda ou Realidade!
Dia dos enamorados - 14 de fevereiro
Dia de San Valentin
- Do santo casamenteiro.
Maria Antonieta Gonzaga Teixeira
Castro-Paraná-Brasil
Arte Digital Carlos Zemek |
...São Valentim, São Valentim,
eu lhe peço com devoção
e faço uma pequena proposta,
mínima, simples assim:
...me arranja um namorado poeta
na minha próxima encarnação
para que meus poemas ele leia
com desvelo e com paixão
...e aos meus anseios
todos eles do coração,
saiba interpretar e retribuir
com poesia, sonho, ilusão
e muita, muita, muita canção!
Isabel Sprenger Ribas
***
Tempero da vida
Ah, esse tal de amor...
Imprevisto, repentino
Sentimento arrebatador
Mesmo que seja desatino
Amor é ternura, bem-querer
Escancarado ou à espreita
Causa euforia ou faz sofrer
Para ele não existe receita
Se há reciprocidade
É ideal, uma ventura
Pra falar a verdade,
Aí ninguém segura!
Ah, o amor é mesmo assim
Traz leveza, fascinação
Não pode ser coisa ruim
Só faz bem ao coração!
Elciana Goedert (Ciça)
Arte Digital Carlos Zemek |
(o passo da vida)
Com régua
e compasso
escrever
o sentido
da vida.
Dentro do
espaço
receber
o devido
na medida.
Em cada
passo
ver
o recebido
da lida.
Para sempre
no abraço
reconhecer
ter vivido
(por ti!) querida!
Luiz Eduardo Gunther
Sou teu como te quero
Salvo como te livro
Puro como te levo
Sou teu como desejo
Para mim tua presença
Face a face o que vejo
Sou teu como desejo
Para mim o que sinto
Boca a boca nosso beijo
Sou teu como declamo
Verso a verso apaixonado
Para dizer que te amo.
Decio Romano
AMAR
Amar e ser amado.
O presente mais forte que o passado.
O amor completa o meu viver.
Sem ele, a vida é só sofrer.
Amar e ser amado.
Ao meu coração o seu atado.
Amor é mais que amizade
É sentir todos os dias a felicidade.
Amar e ser amado.
Por amar, já sou graduado.
Do amor não tenho dúvida,
Pago com amor a minha dívida
Amar e ser amado.
O meu coração por você tomado,
Todo o meu viver é seu.
Todo o seu viver é meu.
Neyd Montingelli
Poema de Angel Popovitz - Arte Digital de Carlos Zemek |
CORAÇÃO
Primeiro os olhos se encontraram e um dilúvio de sentimentos deles transbordou, como uma colméia, rompida a doçura perpassou as mãos, as bocas e todos os sentidos aguçados à junção de seda e aspereza, numa perfeita união de corações perdidos no infinito de paixão e carinho.
Sonia Cardoso
Poema de Eduardo Bettega - Arte Digital de Carlos Zemek |
Eu gosto do amor simples,
sem complicações.
Gosto da lua entre a nevoa,
da noturna cerração.
Gosto de ter você ao anoitecer
deitado ao meu lado.
Palmas... antebraços... cotovelos...
Teus braços nos meus braços
Tua boca... teu calor...
O céu em cima de nós...
Ao amanhecer,
surpreendo-me sozinha.
Foi mais um sonho que se desfez
( igual a nevoa e a cerração )
Sinto saudade de você ao meu lado.
Eu gosto do amor simples,
sem complicações.
Madalena Ferrante Pizzatto
Depoimento amoroso
Diluo as primícias, nas estações do tempo de ser a dois,
e encontro a fortaleza de um amor contínuo,
mas salpicado de intermitência.
Os choque das correntes de ar frio e quente
provocam chuvas, ondas altas, ventania.
Cada beijo é uma cornucópia de palavras decodificadas
antes de serem ditas, silabadas na paciência
que o amor exige para ser dos demais, diferente.
Elas caem quais flocos de neve, todos diferentes entre si,
e nos deliciamos com a brincadeira branca
dos sonhos suaves e ternos.
Voamos e nos encontramos, sem encontro marcado.
A cada instante, as almas fremem
e tatalam as asas da esperança.
Mesmo na distância,
respiramos juntos.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
13/fevereiro/2017
PARA AMAR
É preciso sofrer, chorar...,
esperar... esperar,
amargar?
Para amar é preciso, meu bem,
pensar... pensar,
também?
Para amar é preciso, sempre,
conquistar...confiar,
arriscar... arriscar,
ir além?
Para amar apenas é preciso,
o coração entregar:
amar e amar!
(Para meu pai,
em saudosa memória.)
Maria da Glória Colucci
***
ENCONTRO
Hoje,
num impulso de tédio e desamor,
ancorei numa praia há muito esquecida.
Apenas para sentir
o frescor de uma onda acariciante,
a beleza de uma rosa montada na espuma,
o sabor de um beijo morrendo na areia.
Foi então
que entre rosas e beijos à deriva,
ondas volúveis e futilidades emergentes,
meus olhos se abriram à magia do momento…
Era o mar a trazer-te até mim,
único, claro e inteiro,
como insólito presente dos deuses.
Busquei-te, sem saber…
Pressenti-te, meu amor!
Carmo Vasconcelos
ENCONTRO
Hoje,
num impulso de tédio e desamor,
ancorei numa praia há muito esquecida.
Apenas para sentir
o frescor de uma onda acariciante,
a beleza de uma rosa montada na espuma,
o sabor de um beijo morrendo na areia.
Foi então
que entre rosas e beijos à deriva,
ondas volúveis e futilidades emergentes,
meus olhos se abriram à magia do momento…
Era o mar a trazer-te até mim,
único, claro e inteiro,
como insólito presente dos deuses.
Busquei-te, sem saber…
Pressenti-te, meu amor!
Carmo Vasconcelos
ENTRELINHAS
Há no entrelaçar das nossas linhas
Um mágico encontro,
Desenhado e tecido pelo destino.
Há no entrelaçar dos nossos lábios
Carícias que realizam sonhos,
Sonhos repletos de cores,
Aromas, lindas lembranças...
Há no entrelaçar dos nossos corações,
Uma aquarela,
Um bailado encantado,
Num mesclar de vidas,
Amor e desejo,
Êxtase e desassossego...
Van Zimerman
Parabéns a Isabel pela sua dedicação continua ao divulgar arte e poesia. Parabéns Isabel, Maria Antonieta ,Ciça,Luiz Eduardo Gunther, Neyde, Angel, Sonia Cardoso, Eduardo Bettega , Clevane Pessoa de Araújo Lopes , Maria da Glória Colucci, Carmo Vasconcelos e Van Zimmerman por compartilhar conosco sua poesia.
ResponderExcluirMadalena Ferrante Pizzatto
Bom dia, parabéns a Revista Carlos Zemek, e à Isabel Furini. Lindas homenagens em cada poesia!! Parabéns Maria Antonieta Gonzaga Teixeira, Isabel Sprenger Ribas, Elciana Goedert, Luiz Eduardo Gunther, Isabel Furini, Decio Romano, Neyd Montingelli, Angel Popovitz, Sonia Cardoso, Eduardo Bettega, Madalena Ferrante Pizzato, Clevante Pessoa de Araújo Lopes, Maria da Glória Colucci, Carmos Vasconcelos. Agradeço o convite e publicação. Abraços, Van Zimerman.
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