Esta frase comparada a de Camões “Navegar é preciso, viver não é preciso”, leva-nos a refletir sobre o significado de descobrir novos horizontes no caminho da educação. Navegar é preciso, mesmo sem saber ao certo onde se pode chegar. Viver não é preciso, não há como traçarmos metas e rotas, sem desvios. Portanto, educar, de fato, é preciso, pois este desejo incessante de aventura em descobrir novos horizontes é inerente ao ser humano. Talvez, seja um desejo inconsciente, um desejo de preservar-se. É preciso cautela, pois não há regra, uma “precisão” de como fazer isto. Há um provérbio chinês que diz “O grande mestre é aquele que é superado pelo seu discípulo”.
Na verdade, não há uma divisão tão clara entre quem aprende e quem ensina. Existe um processo permanente de aprendizagem. O que é essencial para ser ensinado, conteúdos específicos… Ou deve-se cooperar para que o aluno tenha um processo de construção de identidade para que ele possa conquistar primeiramente os anseios pessoais, depois, os sociais e posteriormente os profissionais através de realizações produtivas. Num mundo bombardeado de informações, uma das grandes dificuldades é “separar o joio do trigo”. O que de fato é importante do que não é. Poderíamos nos basear nos grandes mestres como Sócrates, Platão, Aristóteles, etc. cujos conceitos encontram-se atuais ainda hoje. Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas.
A professora e artista plástica Katia Velo com alguns de seus alunos |
Ensinar torna-se então uma Arte! O elemento artístico não tem uma utilidade prática, mas é essencial à vida. O homem das cavernas antes mesmo de falar já criava formas tiradas da sua imaginação. O desejo de criar é inato ao ser humano necessitamos expressar-nos e, cada um de nós, escolhe o melhor meio para fazê-lo, através de uma linguagem visual, gestual, musical ou verbal; representamos e descrevemos nossos desejos, sonhos e devaneios. Trata-se de uma catarse de si próprio, pois o anseio de qualquer ser humano é eternizar suas aspirações que lhe vão à alma. Portanto, ensinar e aprender torna-se quase um pacto que só pode ser estabelecido através da confiança. Como dizia Aristóteles “A amizade perfeita não pode existir senão entre bons”.
Coluna KV - Arte, Cultura, Entretenimento e muito mais!
Texto de Katia Velo
Comentários
Postar um comentário