Paulo Roberto de Jesus: De Paulo para Leminski


Leminski - Escultura da artista Aline Albuquerque

De Paulo para Leminski

Tudo o que verse é pouco
Sobre o Cachorro Louco.
Seu mundo das maravilhas
Tem Alice e suas filhas.
Poesias e loucuras
Visceral literatura.
Versos, prosa e tradução.
Vida de intensa paixão.

Leminski gravou seu nome
Foi sujeito e não pronome.
O Polaco irrequieto
Versou poemas concretos.
Popularizou os Haicais
Compôs “Promessas demais”.
Como quem se desafia
Produziu Biografias.

Intenso igual a um raio
Também produziu ensaios.
O poeta kamiquase
Sempre tanto e nunca quase.
Bardo e intelectual
Romanceou o “Catatau”
E não poetizou a esmo
“Distraídos Venceremos”.

Paulo Roberto de Jesus







O Polacoafropoeta

Sangue negro herdou da mãe
E o polaco de seu pai.
É esta a mistura que vai
Moldar o ser que impõe
Maestria ao que compõe.
Obra bela ele completa
Ao biografar poeta
Cruz e Souza o simbolista.
Leminski o ex- seminarista
É Polacoafropoeta.


Tal e qual o Cisne Negro
Leminski era poliglota.
Em sua escrita adota
O inglês, o espanhol e o grego.
O latim não era segredo
Para o multimídia esteta.
A genialidade atesta
Que foi notável linguista.
Leminski o ex-seminarista
É  Polacoafropoeta.

Paulo Roberto de Jesus

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