DIÁSPORA
luminescências, esses cristais
pálidos e gélidos
perfumados de manhãs
sem gritos e odores
apressados de outonos e altares
são um porto branco
e sem encruzilhada
um condor de fartas plumas
........................envergado o canto e sua diáspora.
Quadro do artista plástico Davi Faustino |
franciscanas moratórias
(tão nulas quanto teus dias sem glória)
crescendo ainda inválidas
no pálido sol desse pátio virgem
e funesto
corredor
além mar
tempo diverso
conexões recomeçados
é sempre o tempo do escorrer......
Jandira Zanchi
MÉTRICO
aleluia para os fora da lei ...
uma terra de ocasos
um tempo sem heróis
fronteiras e conexões
desperdiçadas
ao pranto orvalhadas
nada mais cura ou expia ou recupera
agora cada segundo é dividido em frações
fascículo que flamejam e encantam
um sol e sustenidos
harpas de fundo anunciando
as querências e mesmices
de sempre...
ainda o velho humano e sua interrogação
sangrada e subjetiva
moída do raso dos dias
ardida de alguma febre das noites
pois, ainda
o mesmo fraturado ser nas portas – lilases - das inconseqüências
ainda aquele que não se delineou
que não desenhou os vértices de sua formatação
esse mesmo em cenários ocultos e mordidos e vorazes
é o que espia e já não crê nas lágrimas de nenhuma genuflexão
esse ainda, o que não se sabe
e se desorienta e se permite joguete e jogador
ciente,entretanto, de todas vírgulas e exclamações do tempo
medido métrico e insensível.
Jandira Zanchi
Jandira Zanchi |
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