Dhiogo J. Caetano entrevistou Atilio Bari , produtor e apresentador do programa Persona em Foco e da série Novela – 65 Anos de Emoções (TV Cultura).
Ator, dramaturgo, escritor, produtor cultural. Fundador do Grupo Theatralha & Cia., criado em 1987, com o qual produziu 20 espetáculos teatrais. Ganhador do Prêmio Apetesp de 1996 pelo seu trabalho em Frankenstinho. Várias indicações ao prêmio Mambembe e em festivais de teatro do interior paulista.
Dramaturgo com diversos textos encenados, dentre eles O Pequeno Imperador (indicação para o premio Mambembe), Ai Caçarola, O Homem que Calculava, e outros.
Roteirista, tendo desenvolvido diversas adaptações teatrais para a TV Cultura. Criador dos programas Agendinha e Baú de Histórias, este com o grupo Ópera na Mala. Diretor das séries Antunes Filho em Preto e Branco e Grande Teatro em Preto e Branco, e co-idealizador da série Direções, todas na Tv Cultura.
Como escritor, tem oito livros publicados, tendo recebido diversas premiações de literatura.
Em sua opinião, o que é cultura de paz?
A cultura da paz abrange diversos aspectos da vida em sociedade, e deve se manifestar através de incentivos para que as pessoas respeitem as diferenças, os conceitos de liberdade, tolerância, igualdade de gêneros e raças, e principalmente de justiça. E também pela rejeição da violência, em todas as suas formas.
Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Principalmente através da educação das crianças e jovens, do culto aos bons hábitos e da difusão da leitura e das atividades físicas e mentais positivas.
Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
Embora sejamos considerados um povo de índole pacífica, a sociedade brasileira não tem um histórico significativo na questão da cultura de paz. A questão tem surgido com mais força e presença na mídia por conta muito mais do avanço da violência do que pelo reconhecimento da importância do tema em qualquer tempo. Não é um fenômeno especificamente do nosso país – em outras regiões do planeta ocorrem situações semelhantes. A humanidade como um todo deveria se conscientizar de que sem paz nada vale a pena.
A cultura, a educação liberta ou aprisiona os indivíduos?
As melhores formas de libertação de um indivíduo são através do conhecimento, ou seja, da educação em sua maior amplitude (pessoal, social, técnica, profissional) e da cultura, que amplia os horizontes do ser humano e a sua capacidade de entendimento do mundo e das pessoas. Um indivíduo privado de educação e de cultura se torna um prisioneiro pela dificuldade ou incapacidade de um relacionamento positivo com a sociedade.
Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
Nunca houve, na história do mundo, tantas ferramentas e tanta facilidade de nos comunicarmos com outras pessoas, de qualquer parte do mundo. O meio digital, através das suas inúmeras plataformas, nos conecta imediatamente e nos permite difundir, trocar, debater idéias. Embora comumente seja mais utilizado para finalidades de entretenimento ou difusão de notícias falsas e de cunho preconceituoso ou violento, o espaço digital pode não apenas responder de maneira positiva a essas manifestações, como também ser um importantíssimo veículo de difusão e discussão de temas que levem ao aperfeiçoamento do ser humano.
Qual mensagem você deixa para a humanidade?
Melhoremos. Deixemos de lado os preconceitos, não nos conformemos com as injustiças, busquemos nos melhorar em termos humanitários, estendamos a mão para quem precisa de uma oportunidade, e ajamos de maneira a construir um amanhã melhor, que é o que esperam de nós os nossos descendentes.
https://www.youtube.com/user/atiliobari
https://www.youtube.com/watch?v=MXqyLR0zpok
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