Nosso entrevistado é o romancista Franccis Yoshi Kawa.
Franccis Yoshi Kawa é brasileiro, natural de Arapongas, Paraná. Formado em Ciências Contábeis pela UFPR. Participou da Oficina Como Escrever Livros, da escritora Isabel Furini. Franccis é autor dos romances “Ajoelhar jamais”, “Os velhacos” e “Namida Taiko” - em parceria com Helena Douthe. Publica no site Recanto das Letras. É membro da AVIPAF Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia – AVIPAF – Cadeira 38 – Patrono: Vítor Hugo.
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Franccis Yoshi Kawa |
Franccis, fale um pouco de sua trajetória. Quando começou o seu interesse pela Literatura?
Em 1.969, tinha 16 anos, e havia economizado dinheiro para comprar um violão. Na época era bacana saber tocar e cantar uma música dos Beatles. Até o dia em que um colega de sala de aula no Colégio Nilo Cairo, de Apucarana, trouxe uma coletânea de pensamentos datilografados em papel A-4. Fiquei impressionado com o conteúdo e me interessei pela escrita. Desisti do violão e acabei comprando uma máquina de datilografar Olivetti.
Algum autor influenciou o seu estilo?
Lia clássicos de literatura universal, livros de bolso, tudo que tivesse formato de livro e uma história como conteúdo, mas não lembro de nenhum autor em especial. O que me ajudou a escrever de maneira organizada, foi um livro chamado Como escrever um Livro, de Isabel Furini. Até então minhas ideias eram desorganizadas.
Este é o primeiro romance que escreve sozinho. Como foi a experiência?
Foi dificílimo encontrar o caminho. Escrevo em excesso e há necessidade de descartar grande parte do que estou escrevendo. Essa tarefa de aprimorar o conteúdo cabia a coautora, Helena Douthe, que é uma pessoa organizada, criativa. Bastava iniciar um texto e ela complementava o resto com suas ideias, que sempre foram ótimas. Tive de me colocar no lugar dela e tentar fazer a sua parte, tornando a escrita aceitável.
Como surgiu a ideia do livro "Um olhar no Mirante"?
Era um texto antigo, de 1.969, de um tempo onde eu era aprendiz. Meu amigo Hegbert Yamagami, o tal colega no colégio Nilo Cairo, corrigia o português e me orientava na maneira de escrever. Esse texto se chamava “Moto do Esquecimento”, que falava de alguém pilotando uma motocicleta e querendo deixar de existir, enquanto lamentava a morte da amada. O enredo era chique na época. Havia acabado de passar no cinema o filme Romeu e Julieta, e a turma estava sob influência do clima trágico do filme. Tempo doido era aquele, pois era legal ficar na “fossa”! Resolvi transformar esse texto antigo em um romance.
O livro está ambientado nos anos 80. Conte-nos como foi lembrar dos anos 80, e como realizou a pesquisa.
Está ambientado nos anos 80, mas eu vivi os anos 70. Foi como um processo de regressão, reviver o que seria paixão adolescente de amores impossíveis. Foi uma época muito diferente de hoje. Quem viveu essa época, sabe como foi.
Franccis, você já publicou outros livros, mas este é o primeiro livro digital. Por que decidiu publicar o romance "Um olhar no mirante" como e-book?
Devido a pandemia é impossível fazer lançamento nas livrarias. Voltando a normalidade, o livro físico está dentro de meus planos.
Que lugar ocupa a escrita na sua vida?
Comecei a escrever aos 16 e parei aos 20 anos, quando tive meu primeiro emprego. Voltei a escrever faz uns oito anos, em coautoria com Helena Douthe. Um olhar no Mirante é o primeiro livro que escrevo sozinho. Vou continuar escrevendo.
Qual é a sua expectativa quando publica um romance?
Que ele seja bem-sucedido, e que agrade os leitores.
Como acontece o seu processo criativo? Para começar um romance, por exemplo, você parte de uma palavra? De uma imagem? De uma vivência? De acontecimentos?
Quando escrevia em coautoria com Helena Douthe, havia um projeto, como se fosse planta de uma construção. Acho que isso acontece em uma oficina de literatura, onde a criação é coletiva. Várias pessoas vão dando ideias para que a história tenha começo, meio e fim. No caso de Um olhar no Mirante, lembrei de um texto que foi escrito em 1.969. Tive ajuda da Sandra Mara Guimarães, que vivenciou as festas de debutantes dos anos 80 e na parte poética, tive o incentivo da poeta Michelle Gomes Moreira. Ana Kawajiri me ajudou com seu ponto de vista. As orientações da Isabel Furini, na obra Como Escrever um Livro, foi fundamental para construção deste livro.
Fale um pouco de seus planos literários para o futuro.
Espero que no próximo ano (2021), essa pandemia tenha ido embora. O próximo livro, cujos personagens já estão perfilando-se na minha cabeça, será impresso em papel, com direito a lançamento presencial.
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Sucesso Francis. Paz e saúde.
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