Jaime Vieira e Marli Terezinha Andrucho Boldori: Risos

18 de Janeiro: Dia internacional do riso.
Poemas de Jaime Vieira e Marli Terezinha Andrucho Boldori


RISOS

O mar se agitou
e ondas rolaram seixos
dando gargalhadas.
Também, pô!
O voo rasante das gaivotas
faziam cócegas na sua superfície.

Jaime Vieira
AVIPAF - Cadeira 27
Patrono Manuel Bandeira

 

Quadro da artista Perla Sar

LÁGRIMAS DE PALHAÇO

E sem querer,
um palhaço,
de um circo qualquer
se sente desgarrado
de qualquer picadeiro.
E por não ser o primeiro, ri
quando as lágrimas ameaçam
e amordaçam um coração
que começa a chorar.
E assim, quando as lágrimas
derretem a maquiagem
vermelha, azul e roxo
como crisântemos decorados,
vencidos pelo tempo,
o palhaço por certo
reconhece o tempo cumprido.
E, sem sentido, sente
a maquiagem do tempo
correr pela testa,
em festa, como cúmplice
ou curativo que já não
consegue a dor estancar.
Mas sabe que, para
aquele que cria o riso,
o mais difícil é se ver chorar. 

Jaime Vieira
AVIPAF - Cadeira 27
Patrono Manuel Bandeira

Poeta Jaime Vieira

O riso

Como não sentir?
Como não sorrir?
Sua face
Surge em minha mente
As lágrimas insistem
Céu manchado
Com cores reluzentes
Fazem-me caminhar adiante
Procuro por você
Deixou em mim
A marca do seu riso.

Marli Andrucho Boldori
Cadeira 11
Patrono :Dídio Augusto

 *

 
Teu riso

Caso o mundo
Roube de mim
A paz
Roube de mim
A gargalhada
Extravagante
Roube de mim
O rubor da face
Por favor
Não roube o riso
Que amo em você.

Marli Andrucho Boldori
Cadeira 11
Patrono :Dídio Augusto

Marli Terezinha Andrucho Boldori