o silêncio meditativo
acontece
quando o vazio subjetivo
(sem inquietude)
alcança o templo da plenitude
Isabel Furini
Silêncio outonal
apoio os pés sobre as folhas amarelas
caminho lentamente
como se as raízes das árvores
provocassem pesadelos
tudo é vertigem!
do céu poético chovem risos e lágrimas
sem fazer alarde (silenciosamente)
a poesia é transformada em fogo
e crepita e arde ao cair a tarde.
Isabel Furini
Foto e arte de Isabel Furini |
O sábio, a borboleta e a caneta
silenciosamente
usa o astrolábio a borboleta
sonhando que é um sábio
mede o seu eu e as estrelas
(sem alienação)
em outra dimensão
um sábio transformado
em borboleta
percebe nos calcanhares
as marcas da caneta
com um pincel e tinta azul
um anjo de asas brancas
em silêncio, olha o céu
e pinta entre as nuvens
a ressonância
da alma do sábio
a alma do poeta
e da alma da borboleta
seres amados e benditos
desenhados na mente de Deus
com a caneta do infinito
Isabel Furini
*
Aldravia
harmonia
paz
profunda
anjos
adormecem
silêncio!
Vera Lucia Cordeiro
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