Sarah de Oliveira Passarella: Poema

 

 

 

Minhas asas sobrevoam o mar
Levadas pelos ventos deste inverno a perecer
É tempo de viver a claridade
Dos dias que ainda não amanheceram
A transformar luz em céu aberto
Para invadir a noite dispersada
E velas grávidas do vento, navegam serenadas.
Avisto o mar e sinto sede.
Pressinto que perto há um riacho de paus d’alhos e sonhos.
É tempo de pousar meu voo solitário
Sou gaivota em busca de tantos barcos
Ou mastros de navios inexistentes.
Busca outras migrações
E direi à brisa suave das velas,
Que vivo só de pão, luares e poesias.

Sarah de Oliveira Passarella in “Almandarilha”, “A Voz da Inspiração”, Casa do Poeta de Campinas, Editora Átomo, 2003.


Sarah de oliveira Passarella



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