Elieder Corrêa da Silva
Escrevia ensaios. Escreveu ensaio da própria morte. Morreu de tédio. Deixou casa. Piso de chão batido, fogão à lenha, caldeirão, lamparina. Poucos moveis: prateleira com vidros, dentro especiarias. Sobre a mesa toalha e o vaso com as sete ervas. Perto do piano, poleiros, um para a coruja, outro ao corvo. Na taipa o gato, sob o fogão, no borralho uma serpente preste a botar. Herança é herança. Herdei peculiar fantasma. Toda noite lemos o Ars Goetia. Não escreverei ensaio.
Escrevia ensaios. Escreveu ensaio da própria morte. Morreu de tédio. Deixou casa. Piso de chão batido, fogão à lenha, caldeirão, lamparina. Poucos moveis: prateleira com vidros, dentro especiarias. Sobre a mesa toalha e o vaso com as sete ervas. Perto do piano, poleiros, um para a coruja, outro ao corvo. Na taipa o gato, sob o fogão, no borralho uma serpente preste a botar. Herança é herança. Herdei peculiar fantasma. Toda noite lemos o Ars Goetia. Não escreverei ensaio.
Fotografia e Arte digital de Isabel Furini |
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