Dia da Dança: Poemas de Gisela Maria Bester e Célia Regina de Assis Gulisz

 



Valso no cadafalso   
Gisela Maria Bester

Ser esta
Ser outra
Reencontro
Com a mais louca

Ser muitas
E poucas
O além
E o aquém
No solo
E no colo
Do cosmos

Em flores
Feridas
O voo
A dança
Cheganças
Partidas

No ritmo das sílabas
Rodopio e salto
Enlaço tua cintura
Com o braço mais alto
Mas não chega a altura

Fujo
Volto ao começo
E a cada falso
Eu valso

Afino o ouvido
Escrevo a Ovídio
Bailo para o espelho
No baixo-relevo
Dos teus olhos famintos

E o meu canto se faz dança
Escapando do labirinto
Do cadafalso

E a cada falso
Eu valso

Imagem gerada pela IA do Bing


DANÇA DA VIDA
Célia Regina de Assis Gulisz

A vida é uma dança
E contém todos os ritmos
Nos faz sorrir, chorar e muitas vezes se emocionar.
O corpo fala, ganha vida
Quando dança.
Retrata emoções, que mexem na alma
Coreografias ensaiadas
Que sempre vão além do imaginável.
Passos rápidos, sapateados delicados,
Corpos entrelaçados, flutuando...
Amparados para não cair.
Sorrisos fáceis quando o rodopio chega
E deixa tudo mais leve.
Quando o ritmo é compassado
Ouve-se o coração
Dançando a dança da Vida
No meio do salão.

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