Dançar e sonhar
Danço descalça
sobre sonhos mortos
folhas secas
cacos de vidro
bonecas destroçadas
no rio
a correnteza
arrasta o passado
água transparente
ondas
empurram minha vida
e minha dança
para um futuro inexistente
alguns sonhos
foram transformados em cinza
outros afundam
e são encadenados
ao leito do rio
o barco da esperança
nunca afunda
e continua sonhando e dançando...
Isabel Furini
AVIPAF - Cadeira n. 1
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Poema de Daniel Mauricio
De braços dados
E às vezes até sozinhas
As letras vão dançando
Nas linhas e entrelinhas.
Agarradinhas formam palavras
Que engraçadas!
Dançam,
Feito roupas no varal.
Daniel Mauricio
AVIPAF - Cadeira n. 17
AVIPAF - Cadeira n. 17
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Soneto
Valsa comigo esse soneto, valsa.
Leve como a flauta e o violino,
Pisando estas nuvens descalça
Nos meus solos inocentes de menino.
Siga como segue minha valsa
Enquanto tento conduzi-la, indo
Por minhas partituras sem falsa
Vontade de vê-la sorrindo.
Subamos, subamos sempre a girar
As escalas que levam ao teto,
Às estrelas, aos astros, aos céus...
E nos ponteios suaves deste valsar,
Ainda mais leve que o soneto
Serão os meus olhares nos teus.
Decio Romano
AVIPAF
Lindos poemas. Parabéns a todos.
ResponderExcluirGostei muito dos poemas. E obrigado por postarem meu conto.
ResponderExcluirParabéns Isabel, Daniel e Decio pelos belíssimos poemas!
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