Madalena Ferrante Pizzato: Três poemas


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CESTO  DE   VIME


Nas noites…com a lua na mão, 
respirando estrelas,
enquanto sombras descalças 
sobem nas paredes do meu quarto.

O silêncio insiste,
e a saudade chega.

Quando menos se espera,
sem verdades absolutas,
num canto qualquer do papel,
surgem palavras indizíveis,                                      
sem rimas delirantes.
Rego com um punhado de lágrimas.
os versos que brotam solitários.
Inexplicavelmente.
Nasce um poema novo.
Depois colho este “fruto maduro”,
coloco-o num cesto de vime,
na esperança que meu coração se aquiete.

Madalena Ferrante Pizzatto


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PAISAGENS - CONTEMPLAÇÕES UTÓPICAS


No verde da mata,
ao alvorecer do dia,
quando o sol acorda,
a luz melodiosa
dissipa a neblina
abraça o horizonte.
entre o rosado das flores
Nos ramos das árvore,
folhas alongam-se
preguiçosamente
entrelaçam-se
no céu ainda dourado.
Em ronda as aves voam,
entre a paisagem viva.
Um riacho murmura
sereno e comovido.
Uma paz anônima,
responde sonolenta:
Bom dia !

Madalena Ferrante Pizzato
06 - 08 - 2023  - 0: 46h.






QUANDO O POEMA GRITA

Na tarde vazia sem abraço,
no cárcere sombrio da solidão,
o choro, o medo e a tristeza,
escorem para qualquer lugar
e procuram uma guarida.

Busco a luz do luar num lanço,
num instante de subversão,
catando rimas sem beleza,
meu verso supõe e propõe
com sua sutileza se expõe.
Minha mão escreve sem cessar
e o meu poema triste grita.

Madalena Ferrante Pizzatto  



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