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A tarde chegava de mansinho, o calor se fazia presente. Valentin estava triste, caminhava sobre as pedras, seus pés doíam muito, pois o caminho era extenso.
Queria parar, mas precisava entregar todas as caixas que o patrão lhe dera. O sol estava escaldante, e o ônibus o deixara muito longe do lugar proposto.
Precisava andar rápido, pois estudava à noite, não podia se atrasar. Olhou para o céu e o que viu o deixou feliz. Um bando de ararinhas, as quais estão em extinção, voavam em uma altura muito baixa. Esqueceu-se de continuar a caminhada e parou para admirar tão linda criação de Deus.
Lembrou-se de Luize, sua namorada, que lhe trouxe à lembrança de que dentro de dois dias seria o dia dos namorados.
Era uma data que sempre possuíam grandes sonhos, porém o emprego que os dois tinham não lhes dava a chance de ir além dos sonhos menores.
Valentin, acordou do sonho e parou de olhar o céu.
Continuou sua caminhada, faltava pouco para chegar e fazer a entrega.
Foi bem recebido, pode descansar e matar a sede.
Ganhou uma carona para voltar, ficou satisfeito, pois deu tempo de passar em casa, tomar banho e comer algo antes de ir estudar.
Já era tarde da noite quando chegou em casa, colocou os livros sobre à mesa e viu que sua mãe ainda o esperava.
-Mãe, por que não foi dormir?
-Estou sem sono, filho.
- Valentin, quase estava esquecendo, chegou um envelope grande para você, está sobre a sua cama.
-Ok, obrigada, mãe!
Não ficou curioso e nem teve pressa em abrir o envelope.
Sentou-se na cama e aos poucos foi descolando a fita adesiva que rodeava o envelope.
Primeiramente, viu um livro, retirou-o e maravilhou-se com a capa, viu seu nome junto aos outros que faziam parte do livro de Antologia Poética. Lembrou-se de que havia participado do concurso, folheou o livro, admirou-se muito quando leu o ofício, que o parabenizava pelo 1º lugar. E marcava lugar e hora para receber o prêmio, que era em dinheiro.
O valor era razoável, a felicidade fez com que seu coração batesse mais forte.
Avisou a mãe, que o abraçou com os olhos marejados de lágrimas, pois sabia o quanto seu filho almejava aquele prêmio.
No dia seguinte, ele foi receber o prêmio, ficou extasiado com o valor, pois o dia dos namorados estava salvo, o presente de Luize seria mais que uma simples rosa.
Foi um jantar surpresa, em um restaurante onde eram aguardados pelos garçons à porta, com lindos buquês de flores para Luize.
Para Valentin, o “Dia dos Namorados “foi o mais significativo, graças à sua participação com um poema premiado, no livro de Antologia. Prometeu a si mesmo que jamais ficaria sem escrever.
Feliz Dia dos Namorados!
Marli Boldori
Gostei de ler-te.parabens
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