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Halloween
Será que aparecem os que já foram?
O povo Celta assim o dizia
Vestidos de branco também parecíamos
Fantasmas que povoavam e foram embora
Abóboras por todo o lado iluminadas
Ténue é a luz das candeias
Vassouras que voam na imaginação
Bruxas modernas caminham na escuridão
Quem bate à porta a altas horas?
Coragem para abrir, porque demoras?
Seres pequenos com ar assustador
Gritam por doces sem nenhum pudor
Travessura digo eu!
Com um foco de luz encarnado
Apontado para o céu
Se gritam coitados de vós!
Com voz rouca assusto
Quem me queria assustar!
Coitados dos miúdos só queriam brincar
Fogem de mim em qualquer direção
Gera-se o pânico
Numa noite que deveria ser de diversão
Cris Anvago - 31-10-2024
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Eles sempre retornam, entram pelas janelas
aproveitando a impetuosidade do vento
ou penetram ( sorrateiramente)
por debaixo da porta
imperam nas fotografias, nas conversas
os mortos se negam a ficar mortos
fogem dos túmulos e nos acossam de madrugada
sugam nossa energia, sacodem nossas emoções
embotam nossa mente
alguns mortos são najas
enroladas em nossa coluna vertebral
Isabel Furini
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